Se
as mãos não conseguem mais tocar violão,
Isso
não é motivo para emudecer o poeta.
É
possível compor as canções no assovio.
Não
é assim que cantam os pássaros?
E
eles, não abrem as asas para alçar voos perigosos e prazerosos,
assim
como a imaginação do poeta voa, mais longe do que o vasto infinito?
As
cordas do meu violão foram arrancadas, de mim, sem anestesia,
Igual
foi-me violentado o coração, quando a circunstância quis suprimir dele a Musa.
Violão,
Canções, Pássaros, Voos, Poetas, Musas, Sorriso, Dor, Infinito...
Viver,
não é apenas o avesso de morrer, porque é muito além do que tudo.
Viver
é descrever o que se foi e o que se fez. É o passado gravado na memória.
É história, é ter saudade até de cada lágrima que derramei.
Fábio Roberto