POEMA SUAVE
Sóbrio eu não existo em minha cabeça.
A minha cabeça passeia longe de mim.
Sóbrio a realidade é muito pior,
A minha cabeça passeia longe de mim.
Sóbrio a realidade é muito pior,
porque a cabeça não descansa.
E eu não sei aonde escondo o cansaço.
A inteligência, a criatividade, a sensibilidade e a pressa se aguçam se eu estou sóbrio e isso é cruel.
E eu não sei aonde escondo o cansaço.
A inteligência, a criatividade, a sensibilidade e a pressa se aguçam se eu estou sóbrio e isso é cruel.
A alegria se torna tão extrema quanto a melancolia.
Sóbrio, todas as drogas que já usei
Sóbrio, todas as drogas que já usei
se acendem em mim violentamente.
Penso de forma mais ousada, tenho vontade de voar o carro naquela estrada mesmo que o carro se arrebente. Prefiro até ir sem freios
Sóbrio os poemas são mais agressivos, as músicas mais encrencadas.... a palavra deixa de ser ironica para ficar sarcástica e amarga.
Sóbrio eu arrisco tudo:
Penso de forma mais ousada, tenho vontade de voar o carro naquela estrada mesmo que o carro se arrebente. Prefiro até ir sem freios
Sóbrio os poemas são mais agressivos, as músicas mais encrencadas.... a palavra deixa de ser ironica para ficar sarcástica e amarga.
Sóbrio eu arrisco tudo:
a vida, o amor, a amizade, a família, o trabalho.
Fica tudo nublado, tudo escurecido, percebo que as pessoas são muito mais ridículas do que o normal.
Sóbrio eu tropeço na minha alma.
Fica tudo nublado, tudo escurecido, percebo que as pessoas são muito mais ridículas do que o normal.
Sóbrio eu tropeço na minha alma.
Quero que os demônios e os deuses morram abraçados.
Eu mergulho nas viagens mais profundas do bem e do mal. Não há mais o certo e o errado. Não tenho medo de nada. Desrespeito qualquer lei, dogma, regra, contrato, convenção, norma ou acerto. Nada me segura.
Nada me impede. Perco completamente o medo e os limites quando estou sóbrio.
Sóbrio eu não me olho no espelho porque não estou lá. Estou do lado de fora de mim.
Sozinho como o mais miserável dos pecadores. Sozinho porque não vou compartilhar este momento de lucidez ensandecida com ninguém.
Sóbrio eu não me olho no espelho porque não estou lá. Estou do lado de fora de mim.
Sozinho como o mais miserável dos pecadores. Sozinho porque não vou compartilhar este momento de lucidez ensandecida com ninguém.
Quando eu voltar desta paisagem sombria e selvagem
talvez renasça em um poema suave.
Palavras e cenas que os teus e os meus olhos
Palavras e cenas que os teus e os meus olhos
gostarão de ler e ver.
Ou esquecer.
Fábio Roberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário