Um palhaço abandona o picadeiro,
cansado de sorrir pra sua desgraça.
Não mais vão lhe dizer “que isso passa”.
Uma festa onde não há mais brigadeiro.
Enterrem os seus sonhos, os aplausos.
Quem sabe em solo árido paz renasça.
Quem sabe se assim tristeza faça
a sua mente esquecer todos os causos.
Devorada a solidão pelo silêncio,
que a maquiagem borra em um frêmito.
Lágrimas afogam a ponte pênsil
dos olhos. Só se escuta o gêmito.
O canto do universo soa tênsil,
quando a mão acena adeus em gesto rítmico.
Fábio Roberto
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