Livro Estórias das Músicas
COCAR – Fábio Roberto
(a ser gravada)
A primeira vez que fui ao Centro Espírita do Calvário, há
quase trinta anos atrás, uma médium descreveu que uma entidade se apresentou
como Cacique, dirigiu-se a mim, retirou o cocar da sua cabeça e o colocou na
minha.
Nos trabalhos espirituais, os que se mostram como índios
visitam para resgate de sofredores os umbrais mais tenebrosos, guerreiros que
são. Além disso, vigiam e protegem os centros, seja no plano espiritual ou
físico. Talvez aquele Cacique fosse o meu guia. Talvez tenha me passado uma
missão. Quem sabe me transmitiu uma mensagem, dizendo o guerreiro que devo ser
nesta vida. Ou pode ter sido tudo isso.
Depois desse fato eu persegui o tema por anos até compor
Cocar, uma homenagem ao Cacique e também a minha Casa, a Casa do Sarau, a
Sagrada Oca, o Lar da Família que constituí nesta vida.
COCAR (2010)
Oca
Longe do oco o seu mundo
Soco em estomago imundo
Olhos dos deuses invoca
Oca
Sagrada toca da tribo
Da natureza o recibo
Força dos ventos convoca
Oca
Deixa essa gente coroca
Cheia de ódio e fofoca
Que em nenhum rio desemboca
Oca não teme desdém
E enfrenta quem rindo a provoca
É apenas inveja de quem
O lar fica numa biboca
O coração desta oca
Pulsa energia do sol
Guia-nos feito farol
Amor e paixão... pororoca
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