Restaram poucos dos poetas
brabos no octógono das linhas.
Almas quando são analfabetas
voam longe, feito andorinhas
procurando o colo de um verão.
Medo de um tenebroso inverno
que lhes prenda o verso no alçapão.
Vivem em grades do silêncio eterno.
Aves brabas sobem muito além,
nunca temem pedra de estilingue.
Brotam-lhes palavras no harém,
para que a escolhida vingue.
Forma-se na página um ringue.
Polemizadores nos seus córners.
Escrevem tanto, até que o sangue pingue
e a folha inteira um poema adorne.
Faroberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário