O meu negócio agora é grana.
Vou aposentar-me da poesia.
Grana. É isso e beber uma cana.
Basta de música e melancolia.
Vou aposentar-me da poesia.
Grana. É isso e beber uma cana.
Basta de música e melancolia.
Só grana eu vejo na frente.
Por ela eu comerei até grama.
Chega de ser indigente,
honesto e ter jornais como cama.
Por ela eu comerei até grama.
Chega de ser indigente,
honesto e ter jornais como cama.
O meu negócio agora é grana.
Nem mulheres cheias de amores quero.
Comprarei putas, chega de puritanas.
Com grana terei os carinhos que espero.
Nem mulheres cheias de amores quero.
Comprarei putas, chega de puritanas.
Com grana terei os carinhos que espero.
Com grana comprarei saúde.
Ficarei forte, me farei mais novo.
Terei felicidade amiúde.
Serei senhor do sorriso do povo.
Ficarei forte, me farei mais novo.
Terei felicidade amiúde.
Serei senhor do sorriso do povo.
Chega de ajoelhar e rezar.
A minha grana corromperá padres e pastores.
Até o demônio ficará com pesar.
Comprarei dele todos os temores.
A minha grana corromperá padres e pastores.
Até o demônio ficará com pesar.
Comprarei dele todos os temores.
Grana. Depois vou distribuí-la aos pobres.
Assim farei para Deus me perdoar.
Serei o dono das almas nobres
e só a minha a um cofre irei doar.
Assim farei para Deus me perdoar.
Serei o dono das almas nobres
e só a minha a um cofre irei doar.
Fábio Roberto
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