Quantos
ventos sopraram por essa pedra que jaz na rua, levando
sua poeira e história para lugares muito mais próximos do que um dia eu fui?
Quantas
tempestades banharam essa pedra inerte entre raios e enxurradas, lavando a sua imortalidade
e afogando cada memória que por ela passou?
Quantos
sons entre gritos, choros, sussurros, gemidos, suspiros, cantares, declamações,
risadas, conversas e pausas silenciosas retumbaram por essa pedra?
Quantos
sóis de paixão, esperança, desespero, vontade, alegria, ilusão, fracasso, fé, desprezo
e pecado nasceram e apagaram frente a rotina dessa pedra na eternidade?
A
barba do tempo cresceu e a erosão consumiu a vida em torno dessa pedra que
tanto presenciou, mesmo sem espírito, sentimentos ou reações por ser apenas pedra,
assim como hoje eu sou.
Fábio
Roberto
Haha... a pedra, eu e você, devorados pelo tempo, tipo goivados, talvez marcados mesmo... fooorça... valeu cada linha, beijo e um abração apertado. PATI JUSTINO
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