A minha voz, já não a tenho forte. Agora,
nem sei qual é a vontade,
de ficar ou ir embora,
de ser a presa,
caçador ou quem me deu a idade
e me deixou sem pressa,
medo, virtude ou vaidade.
E se eu não tiver saudade,
não me traga violão ou lap top,
ou o nascer do sol que irá se pôr
para que o compositor componha.
Ou a lua do poeta que versará sorrisos de netas,
ajudas de amigos, abraços de amigas.
E o olhar quente e apaixonado da Musa.
Faminto desse amor eu sou, eu soube, eu sabia,
mas talvez eu seja as letras que vou juntando
para encontrar e encantar palavras,
e eu não sei qual é a vontade agora,
de subir as escadas ou descer de elevador.
E pergunto a quem gritou “continue” lá do fundo:
“e você acha que eu fiz o quê, desde que nasci?”
Encostado na solidão escura que minha alma encapotada
se encontra,
olhando pro futuro digo que seja fora ou seja dentro
eu não sei.
Nem começou a guerra ainda e depois de tanto tempo a
esperando
eu já me vejo cansado, portanto repito com o máximo de
potência que
restou na minha voz: “eu não sei! Que continue, então.”
Fábio Roberto 23ago23
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