Fabiografia Parte 9
CAPÍTULO 99 - OS SHOWS DA VIDA
Esta é a segunda estória do
capítulo:
LÔ
Como os parceiros Beto Guedes
e Milton Nascimento, Lô Borges também tem conhecida timidez, talvez
característica dos músicos do Clube da Esquina, mas no caso dele mais fora do
que dentro dos palcos, onde apresentava seu brilhante repertório sempre acompanhado
por banda de alto nível.
Titi Trujillo, Jairo Medeiros
e eu fomos a um show dele no Teatro Getúlio Vargas, mas não sem antes fazermos
o Jairo assinar um termo se comprometendo a não solicitar músicas ao artista,
para não repetir o episódio do show do Beto... Neste, tudo transcorreu muito
bem e nos deslumbramos com o som do admirado compositor.
Terminado o espetáculo nos dirigimos
ao boteco que ficava ao lado do teatro, para refrescar as gargantas e comentar
arranjos e execuções das composições. Tinha pouca gente no bar e quando
estávamos na terceira ou quarta cerva entrou o Lô, logo depois seus músicos e
pessoas da sua produção. O cantor sentou-se ao balcão e pediu uma aguardente,
que servida bebeu de uma vez. Pediu outra dose e ficou ali sozinho, calado com
os seus pensamentos por poucos instantes. Sim, a paz do pós-show do artista
durou pouco.Enquanto Jairo entabulou conversação com o espontâneo e receptivo
baixista da banda, que já ficara amigo no boteco antes do show, Titi abriu
grande sorriso, levantou da cadeira e antes que pudéssemos impedir sentou-se ao
lado do Lô Borges dando abraço, pedindo autógrafo e
falando sem parar. A produção pagou a conta, levando Lô e banda rapidamente
dali.
Depois disso fizemos Titi
assinar um termo se comprometendo a nunca mais abordar artistas daquela
maneira. Pelo que lembro, no caso dele não adiantou!
Nenhum comentário:
Postar um comentário