Eu
sou um exemplo de homem.
Um
de uma intensa mulher e só.
Os
outros vulgarmente as comem,
maltratam
suas peles sem dó.
Usam,
abusam e somem.
Nasce
o dia e o amor vira pó.
De
homem sou modelo nobre e raro.
Um
que sempre ampara a sua dama.
Os
outros não deixam nada claro.
Só
as querem levar para uma cama.
Dizimam-lhes
o prazer como ácaro.
Corações
nem no eletrocardiograma.
Eu
sou incomparável como amante.
Satisfaço
plenamente a minha Deusa.
Os
outros querem os dotes de Bacante,
servem-nas
como vinho e adorno à mesa.
Depois,
em gesto ingrato e ultrajante,
oferecem-lhes
a solidão como surpresa.
Eu
e apenas eu sou desigual.
A
minha Musa é um sorriso eternamente.
As
outras, sem paixão tão surreal,
no
rosto uma tristeza transparente,
no
corpo uma doença terminal
e
a dor de uma alma evanescente.
Fábio
Roberto
Do
Livro dos Poemas
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