A decepção com a realidade e a constatação da amargura são
aqui retratadas pelo desencontro dos olhos e do olhar, o encontro da paisagem e
da dor, a perda do olhar pela paisagem e o universo dos olhos angustiados por
serem a dor do olhar.
ÁGUA DE DOR (Musicada em 1983)
De onde vem?
De onde vem a dor?
De onde vem?
De onde vem o olhar?
De onde vem a dor
De olhar a paisagem
Que nunca mais verá
De onde vem o olhar?
No universo de um ato de dor
Os olhos perderam o olhar,
Que nunca mais terá a paisagem,
Que a paisagem nunca mais terá,
Mas verá os olhos sentirem a dor
De ser a dor do olhar.
Fábio Roberto
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