Não chore a cerveja derramada.
Saiba, ela vai pro Santo.
Espírito que espreita em todo canto,
com a boca sedenta escancarada.
Coitado, o paraíso não tem cerva.
Bebe-se só néctar dos deuses,
ao som de líricas berceuses
e ele preferindo uma erva...
Por que foi ser honesto, sem pecado?
Agora, bar em bar caminha errante,
sóbrio, consciente, inconsolável.
Passo sem futuro, flutuante.
Prazer eternamente insaciável,
olho de zumbi, arregalado
Fábio Roberto
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