quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

O CORCEL

No Natal não houve presente
Pra miséria de tanta criança.
Confesso, eu tinha esperança
De um Noel menos indolente.

Qual o quê... Continuou canalha
Estimulando só o consumismo.
Jamais pensou em comunismo
Ou no pobre em uma mortalha.
Mas não podemos culpá-lo,
Ele é mera fantasia.
Os homens é que dão azia,
Vivendo sob anestesia.
Mas eu é que não me calo:
Sou o coice de um cavalo,
Com força e descortesia.
E como navalha, que esta poesia
Penetre as mentes até o talo.

Fábio Roberto

Nenhum comentário:

Postar um comentário