sexta-feira, 17 de abril de 2020

FIM DE QUARENTENA

Eu não posso abraçar a tua causa,
Meu abraço agora está proibido.
Guardo desejo e a enorme libido.
Nosso filme em estado de pausa.

Não adianta insistir no convite,
Dançando bela e desnuda na live.
Feche os olhos, garota, just drive,
Em sonho para além do limite.

Mas tua voz sensual no whatsapp
Foi um canto, doce e rouco gemido.
Um poema de amor pervertido,
Que acabou com o meu jogo esse zape.

Que se dane a tal da pandemia,
Pra fantasia já vou mascarado,
Revelando só o olhar de tarado:
 Se eu morrer, morrerei na boemia.


Fábio Roberto


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