quarta-feira, 13 de abril de 2022

FRAGMENTO


Há momentos em que a melancolia aflora

e a fauna que habita a minha selva ruge,

se a natureza é bela, mas definha, embolora

e a necessidade de salvar a vida urge,

 

quando a minha lágrima interrompe o riso,

do palhaço que esconde a alma atormentada

e deixo-me de ser velha criança, paraliso.

O tempo é a mente lúcida fragmentada.

 

Ah... minha tristeza é quase sem motivo

ou é por tanta coisa que ainda aguento,

passando em cada dor um beijo como unguento?

 

E nasce outro poema cru, subjetivo.

Transborda uma paixão carente de adjetivo,

por ser o meu temor, encanto e alento.

 

Fábio Roberto



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