sexta-feira, 9 de agosto de 2019

PLUMA

Quando o carro virou a esquina, só os pneus cantaram.
Não foi a tua voz nem a minha, elas nem adeus tentaram. 

Os olhos quiseram ainda, seguir o rastro da fumaça
Que o escapamento despejava, no ar tenso e sem graça.

Mas logo se dissipou pela agonia apressada do vento,
Que a paixão também levou como fim de casamento.

Como se fosse pluma, como se nem existido houvera,
Como se fosse sonho que se acorda, lembra e chora.

Fábio Roberto



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