domingo, 22 de abril de 2018

ODE (ódio) AO AMOR

Poema de amor é ridículo e infame
Na verdade é assim e de mim não reclame
Amor é tragédia, o recheio do drama
É o fim, egoísmo, traição em uma trama

Amor não existe e não cabe em sorriso
É paixão, o tesão das peles sem siso
Falso, ilusório, vazio e ligeiro
Tristeza do céu. Mal jamais passageiro

É coração partido. Dois pés numa bunda
Dor grudada na alma depois de uma tunda
Saiba ser o esperto, fuja dessas armadilhas
Distancie de gente pelo menos mil milhas

Feito Lobo da Estepe de olhos espertos
Da civilização espreitando seus restos
As sobras do amor são as partes feridas
Saudade que vence e transcende as vidas

Fábio Roberto
Do Livro dos Poemas



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