segunda-feira, 6 de agosto de 2018

LÔ BORGES

Fabiografia Parte 9
CAPÍTULO 99 - OS SHOWS DA VIDA

Esta é a segunda estória do capítulo:

Como os parceiros Beto Guedes e Milton Nascimento, Lô Borges também tem conhecida timidez, talvez característica dos músicos do Clube da Esquina, mas no caso dele mais fora do que dentro dos palcos, onde apresentava seu brilhante repertório sempre acompanhado por banda de alto nível.
Titi Trujillo, Jairo Medeiros e eu fomos a um show dele no Teatro Getúlio Vargas, mas não sem antes fazermos o Jairo assinar um termo se comprometendo a não solicitar músicas ao artista, para não repetir o episódio do show do Beto... Neste, tudo transcorreu muito bem e nos deslumbramos com o som do admirado compositor.
Terminado o espetáculo nos dirigimos ao boteco que ficava ao lado do teatro, para refrescar as gargantas e comentar arranjos e execuções das composições. Tinha pouca gente no bar e quando estávamos na terceira ou quarta cerva entrou o Lô, logo depois seus músicos e pessoas da sua produção. O cantor sentou-se ao balcão e pediu uma aguardente, que servida bebeu de uma vez. Pediu outra dose e ficou ali sozinho, calado com os seus pensamentos por poucos instantes. Sim, a paz do pós-show do artista durou pouco.Enquanto Jairo entabulou conversação com o espontâneo e receptivo baixista da banda, que já ficara amigo no boteco antes do show, Titi abriu grande sorriso, levantou da cadeira e antes que pudéssemos impedir sentou-se ao lado do Lô Borges dando abraço, pedindo autógrafo e falando sem parar. A produção pagou a conta, levando Lô e banda rapidamente dali.

Depois disso fizemos Titi assinar um termo se comprometendo a nunca mais abordar artistas daquela maneira. Pelo que lembro, no caso dele não adiantou!



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