segunda-feira, 20 de novembro de 2017

ESCRITAS

Eu escrevo palavras tortas, em linhas retas e mortas.
Apago longínquas memórias, rasgo páginas e histórias.
Cerro os olhos, fecho as portas, seco o sangue das aortas,
surdo a rezas, rogatórias, tempestades peremptórias.
Eu escrevo sem sentido, sem ter tido, sem ter ido,
porque sempre soube e não coube ou não houve, me ouve:
seja o meu verso o inverso perverso, que a vida louve
uma poesia ter sido, ter lido, ter sentido...
Fábio Roberto

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